quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Enganos.

São Paulo, 06 de agosto de 2009

Caro Senhor Computador.

Venho atravéz desta carta dizer que me desapontaste muito nesses últimos anos.
Primeiro me prometeste diversão, aconchego, refúgio.
E cumpriu. Aqui me diverti, aqui troquei feições bruscas por doces sorrisos e aqui conheci pessoas maravilhosas.
Passaram-se tempos, anos, para ser mais exata, e tu tornaste parte de minha vida.
No contrato que tu me deste antes de eu realizar essa compra não dizia as palavras: vício, desconcentração e brigas.
Desde o dia que entraste em minha vida, eu venho dependendo de ti para ficar feliz.
Quantos livros eu comprei e não li para ficar contigo?
Quantas histórias lindas deixei de conhecer para desabafar contigo?
Quantas brigas armei para passar mais tempo contigo?
E é assim que tu me agradeces? Tomando meu tempo, tomando a minha vida?
Pois fique sabendo, Computador, que a partir de hoje minha vida é outra.
Você não será mais próximo a mim, você não será meu confidente, e nem meu amor eterno.
Não receberei mais seus carinhos nem seus elogios.
Saiba que sentirei sua falta, sentirei muito a sua falta. Talvez eu até enlouqueça, chore, grite, mas eu sou mais forte que você, eu posso!
Todos os dias pessoas param de fumar, beber, se viciar.
Agora é a minha vez, de parar com você, MÁQUINA ESTÚPIDA!

Um comentário:

  1. GE-NI-AL, sério.
    Acho que 90% dos adolescentes querem escrever esse texto.

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