segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Foi tudo em cima de um padrão.

Como se nada mais tivesse graça, e tudo fizesse parte de um mesmo padrão, só mudando alguns detalhes.
Nada novo, e isso me deixa em constante confusão.
Já havia escrito algumas vezes sobre meu medo da chuva, que ainda não perdi, e não tenho vergonha de dizer que no momento não estou pronta para perder.
Sei que a chuva quando volta pra terra traz coisas do ar, mas o ar anda meio poluído ultimamente, e eu não quero sujar mais ainda meu pulmão.
Além do medo da chuva, tenho mais milhares de outros medos, pensamentos, ridículos na maioria das vezes.
Como se aquilo que sempre tive estivesse muito bem escondido dentro de mim, e que só consigo resgatar as vezes. Meu medo é que isso seja só ilusão, e que eu já tenha perdido esse segredo a muito tempo.
Espero que seja só ilusão passageira, e que a roda de samba ainda esteja lá, esperando por mim, minha viola, e meus acordes confusos e medrosos que soavam para o mundo o tempo inteiro, e que agora se escondem dentro de mim, porque outras melodias já tomaram meu espírito, melodias podres e venenosas, que corrompem, e são capazes de estourar todas as cordas da viola, acabando de vez, então, com a roda de samba.

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