segunda-feira, 26 de julho de 2010

E como a gente é estranho.


A gente é estranho mesmo.
Reclamamos quando estamos vazios.
Reclamamos quando estamos cheios, mas infelizmente, não completos.
Quando sinto o vazio, gostaria de ter pelo menos aquela tristeza pra balançar meu coração nas madrugadas que se passam.
Mas quando sinto esse aperto, suplico novamente pelo vazio.
É tudo meio mágico..
Como uma sanfona, que enxe e esvazia, de dias em dias.
Sinto-me como uma tia solteira, mas eu nunca tenho os papeis de chocolates já comidos em cima da mesa do computador.
Eu gostaria de pelo menos estar com uma panela de brigadeiro, uma colher de pau e a boca lambusada..e quem sabe alguns filmes românticos que eu odiaria a mocinha linda por estar vivendo o amor que nunca tive, e que gostaria de ter.
Só não conheço o outro lado, o qual eu não sei se reclamaria, e por o que suplicaria.
O lado em que teria uma voz grossa e masculina do outro lado do telefone dizendo que sente minha falta nas noites que nossos braços não estão entrelaçados e nossas bocas não estão sincronizadas.
Pois é...
A gente é estranho mesmo.

Um comentário:

  1. Somos muito estranhos. Nunca estamos felizes com o que temos, e só olhamos para o que nos falta. Freud explicaria, acredito!

    Beijos

    ResponderExcluir