quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Nada é igual, por mais parecido que seja.

Aquela mesma internet lenta, farelos de pão e algumas torradas na toalha desarrumada da mesa da cozinha, uma televisão chiada e cheiro de café velho.
Mesas surradas de madeira, cinzeiros, alguns tapetes e cheiro de coisa velha.
Uma moça de aparência triste com um vestido florido e um bolero sobe as escadas até o 13° andar de seu prédio, naquele apartamento que cheira a café velho, e a coisa velha.
Pega na sua bolsa um mesmo cigarro, onde fuma na mesma mesa surrada e joga suas cinzas no mesmo cinzeiro.
Toma um café que cheira a velho.
Liga a mesma televisão chiada. Sente fome.
Come o mesmo pão velho e deixa aqueles mesmos farelos na toalha da mesa.
Dorme.
Acorda. Vê tudo daquele mesmo jeito.
Não!
Há algo diferente.
O céu tinha mudado.

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