Passa carro, passa chuva, passa campo, passa fumaça.
E eu aqui, sentada, no mesmo banco do lado da mesma janela, que me sentei da última vez.
Nesse trem vi de tudo. Emoções, vidas, pessoas felizes, pessoas tristes.
Minha vida foi dada ao maquinista, o único que me guia para qualquer lugar onde eu possa ir.
Naquela panela de palavras, também existia o silencio. Silencio para o sono, silencio para o pensamento.
Para o meu trem eu voltei, sentei-me naquele mesmo banco do lado daquela mesma janela.
O maquinista mais uma vez acertou em cheio o destino que eu sonhei.
Adoro minha vida nômade.
Talvez aprendi mais sentada naquele banco simples do meu trem, do que sentada em uma cadeira ouvindo uma só pessoa.
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