Cansada da mesma mesmice, enxerguei bem ao fundo, aqueles olhos.
No momento deixei todos em segundo plano para desvendar aquelas duas bolas verde-água que estavam plantadas na minha frente.
Seus olhos estavam repletos de segredos e esbanjavam mistério. Nem mesmo um especialista em olhares poderia desvendar aquele enigma.
Já meus olhos estavam inutilmente vulneráveis, ele poderia viajar em meus pensamentos de menina inocente e secá-los com toda sua malícia quando quisesse.
Sua respiração era ofegante, mas num ritmo proporcional a minha. Suas pernas estavam trêmulas de uma maneira involuntária, como se ele não soubesse que a qualquer hora eu poderia ser dele.
Seus lábios eram extremamente desejáveis, mas nada podia ser mais desejável do que seus olhos.
Minha vontade de desvendá-los era imensa e quase incontrolável e ele sabia disso.
Então ele começou pela minha cabeça, passando por meus olhos e morrendo em meus lábios.
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Vivendo pelo desconhecido.
Estou apaixonada por alguém que não existe, quero fazer o que ainda não resolvi, quero ver um filme que ainda não montaram e ouvir uma música que ainda não foi escrita.
Vejo perfeição no imperfeito, choro lágrimas desconhecidas, emito risadas que minha garganta ainda não conheceu.
Me cobro por motivos escrotos, me arrumo para o público invisível, estou caminhando para lugar nenhum para admirar qualquer coisa.
Estou vivendo pelo inexistente, estou morrendo pelo inexistente.
domingo, 20 de setembro de 2009
Minha vida de mudanças.
Passa carro, passa chuva, passa campo, passa fumaça.
E eu aqui, sentada, no mesmo banco do lado da mesma janela, que me sentei da última vez.
Nesse trem vi de tudo. Emoções, vidas, pessoas felizes, pessoas tristes.
Minha vida foi dada ao maquinista, o único que me guia para qualquer lugar onde eu possa ir.
Naquela panela de palavras, também existia o silencio. Silencio para o sono, silencio para o pensamento.
Para o meu trem eu voltei, sentei-me naquele mesmo banco do lado daquela mesma janela.
O maquinista mais uma vez acertou em cheio o destino que eu sonhei.
Adoro minha vida nômade.
Talvez aprendi mais sentada naquele banco simples do meu trem, do que sentada em uma cadeira ouvindo uma só pessoa.
E eu aqui, sentada, no mesmo banco do lado da mesma janela, que me sentei da última vez.
Nesse trem vi de tudo. Emoções, vidas, pessoas felizes, pessoas tristes.
Minha vida foi dada ao maquinista, o único que me guia para qualquer lugar onde eu possa ir.
Naquela panela de palavras, também existia o silencio. Silencio para o sono, silencio para o pensamento.
Para o meu trem eu voltei, sentei-me naquele mesmo banco do lado daquela mesma janela.
O maquinista mais uma vez acertou em cheio o destino que eu sonhei.
Adoro minha vida nômade.
Talvez aprendi mais sentada naquele banco simples do meu trem, do que sentada em uma cadeira ouvindo uma só pessoa.
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
A mais bela flor do campo.
Dançando em seus passos Margarida se vai.
Margarida merece pena, mas todos querem ser Margarida.
Margarida merece pena, mas todos querem ser Margarida.
Nem bonita nem feia. Não é interessante, mas não tão inútil.
Margarida não se entedeia, Margarida entende as pessoas.
Moça inteligente e prendada, se arruma como princesa.
Ninguém nunca viu Margarida sorrir, nem chorar.
Nunca viram Margarida se apaixonar, e nem ser amada.
Ninguém nunca viu Margarida sorrir, nem chorar.
Nunca viram Margarida se apaixonar, e nem ser amada.
Mora no sítio, vida simples, mas bonita.
Saiu por aqueles jardins em busca de seu coração, que ficou enterrado no asfalto da cidade grande.
Magarida quer sentir, viver..
Ela quer chorar, ela quer sorrir, ela quer morrer de tédio, ela quer se apaixonar.
A pureza de Margarida é tão inxplicável, que sua mãe dissera de variadas formas, que não foi feita para cidade.
Mas Margarida não entendeu, saiu, viveu...
E nunca mais apareceu no sítio, nunca mais ouvi falar de Margarida.
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Sem título.
Inspiração 0.
Minhas ideias para escrever foram acabando quando eu fui parando de amar.
ALGUM VOLUNTÁRIO PARA OCUPAR MEU CORAÇÃO?
Minhas ideias para escrever foram acabando quando eu fui parando de amar.
ALGUM VOLUNTÁRIO PARA OCUPAR MEU CORAÇÃO?
sábado, 5 de setembro de 2009
Ideologia.
Queria saber como é receber um sorriso logo de manhã.
Queria saber como é passear de mãos dadas em uma tarde ensolarada de outono.
Queria saber como é receber um eu te amo sincero.
Queria ter o prazer de receber um buque de flores com um cartão bonito.
Queria ter alguém pra pensar antes de dormir e quando soltarem fogos.
Queria ter alguém pra amar, pode ser qualquer um, só precisa me amar da mesma forma que o amarei, só isso.
Será que é muito a pedir?
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