segunda-feira, 13 de julho de 2009

Estranha.

Bateu a porta com toda a força do seu corpo, sentou na valeta suja em frente a sua casa, lentamente foi levantando sua cabeça e olhou o outro lado da rua, e lá estava ela. Uma menina cheia de sonhos e paixões, que aos poucos foi se rendendo as tentações da vida real, foi perdendo seu brilho, até chegar a um ponto onde a tristeza era constante, onde sonhos já não passavam de bobagem e o amor não existia.
Sentada lá mesmo, naquela mesma suja valeta, ela refletiu, pensou, concluiu..
Resolveu se levantar e caminhar, esfriar a cabeça, tragar um lucky strike. E lá foi ela, buscar novos sonhos, buscar novas paixões, beijar novos lábios, abraçar novos braços, pensar com outros cérebros, até chegar a hora certa, a hora em que estivesse tão possuída pelos sonhos e pelo amor, que nenhuma realidade poderia acabar.
Muitos vestígios de realidade ficaram nela, rugas, gripes, pulmão escuro, mas ela resolveu seguir o outro caminho, o caminho onde existe mais decepsões do que pulos de alegria, o caminho em que é mais fácil dar errado do que certo, mas o caminho onde há mais felicidade do que qualquer outro sentimento, o caminho dos sonhos.

2 comentários:

  1. sweet, sweet illusion world. É sempre bom sonhar, só devemos saber a hora de parar.

    Abraço

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  2. Discordo sobre a hora de parar.
    Eu nunca paro e sou feliz assim..

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