segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Eu quero ir embora.

Procuro todos os dias um jeito ou um alguém para me salvar.
Me salvar dessa vida de prisioneira que vivo.
Presa em meus pensamentos, sentimentos, ideais, que não posso nem ao menos dizê-los sem ser julgada.
Estou louca para ser salva.
Salva de tanta babaquice, de tanta caretice, de tanto ódio e egoísmo.
Preciso ir embora.
Embora para um lugar onde eu possa falar e me expressar sem ninguém me apedrejando com palavras depois.
Tenho arrepios na hora de dormir só de pensar que quando acordar, irei me deparar com as mesmas pessoas, mesmas histórias, mesmas conversas, aquela mesma hipocrisia de sempre.
As pessoas andam ficando tão previsíveis para mim, que tudo anda perdendo a graça.
Me canso tanto de ver a necessidade de aprovação e aceitação das pessoas, não sei se choro ou se rio quando vejo alguém se portando de uma forma que contradiz tudo o que é, só para participar.
Não culpo totalmente quem finge ser o que não é para ser aceito, mas culpo mais o restante, que só aceita quem se porta de tal forma. Por que não podemos aceitar todos? Já que somos todos iguais, e ninguém é superior a ninguém. Pena que quase ninguém compreende isso. Não entendo como existem pessoas que se consideram superiores. AI MEU DEUS ME SALVE!
E, aliás, quem sou eu para culpar alguém?
Só tenho vontade de descrever meu grande desanimo ao ver tudo o que se passa pela minha volta e eu sem poder me livrar.
Me canso, me prendo.
Eu quero ir embora...

"As únicas pessoas que eram interessantes eram as doidas, os malucos, os que, sabe, eram loucos para viver, loucos para falar, para serem salvos, desejando ardentemente tudo ao mesmo tempo, aqueles que jamais bocejam, todos os malucos. E senti que eu me encaixava perfeitamente naquele grupo."
(Bob Dylan)

Poderia haver mais gente assim no mundo.

Um comentário:

  1. É do Kerouac, não do Dylan. Tá no começo de On the Road.

    Necessidade compulsiva de avisar as pessoas sobre essas coisas, sabe como é.

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