quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Horizonte.

Disparo contra o Sol tentando atingir a inatingível linha do horizonte.
Sinto que no tempo em que corro buscando o horizonte nada pode me ocorrer, eu sou livre, livre de tudo e de todos.
Não tenho que me preocupar com nada, a não ser meus passos para chegar logo à linha.
Sei que posso sorrir, chorar, cair e levantar que ninguém me julgará.
Sinto que enquanto corro minha cabeça fica tão leve quanto uma pena, consigo não pensar em nada, consigo me manter concentrada em algo tão bom que só faz aumentar minha vontade de correr mais e mais.
Corro observando cada nascer do Sol, cada crepúsculo, cada pedacinho de terra em que piso.
Vejo flores, lagos, paisagens, montanhas...
Não sei se chegarei ao horizonte, mas essa caminhada está tão boa, que nem tenho vontade de parar.

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