quarta-feira, 31 de março de 2010

Quando o telefone toca.

Sabe quando o telefone toca?
Ás vezes a gente corre atender, e é engano. Ou é pra outra pessoa.
Isso acontece tantas vezes...
Quando o telefone toca de novo a gente nem quer mais saber de atender.
Por mais que estejamos sozinhos, deixamos o telefone tocar mais um pouco, até que a gente se irrita com aquele toque chato, e as vezes atendemos.
Parece que por mais que saibamos que pode estar alguém especial do outro lado, a gente não acredita, e não atendemos.
Ou atendemos, e a esperança corre embora quando é novamente engano.
E quando o telefone não toca?
Dá uma saudade do trimtrim, que quando ele toca a gente corre atender, mas aí é engano.
E parece que quando não queremos atender é quando ele mais toca.
Até que a gente fica com preguiça de atender, e desiste..

TRIM TRIM
TRIM
TRIM
TRIM
TRIM TRIM

...

- Te amo.

Pena que não atendi.

domingo, 14 de março de 2010

Não mais apenas mais uma.

Eu digo desde já.
Eu não vim pra passar.
Eu vim pra ficar.

Acorrentados.

"Pessoas não pertencem umas as outras."

No momento em que a gente ama, isso passa ser mentira.

Anti-palavras.

Às vezes receber um "eu te odeio" é melhor do que receber um "nada".
Quando alguém fala que te odeia, é porque ainda te considera importante.
Mas quando fala que não aconteceu nada...

sexta-feira, 12 de março de 2010

Bebês.

Tão pequenos, mas tão humanos.
Bebês são os seres mais misteriosos que já vi.
Quando eu os vejo, sendo rindo alegremente ou chorando rios de lágrimas, nunca pensei em que eles poderiam ser meus ídolos no futuro, e eu não pediria nem um mínimo autógrafo.
Quando eu vejo um bebê, eu posso estar vendo o maior procurado da polícia no futuro, e não fazer nada.
Posso estar vendo o bebê que vai descobrir a cura da doença mais incurável do mundo, e também não fazer nada.
Nunca sabemos se ele será bonito ou feio.
Estranho ou normal, inteligente ou burro, mal ou bom.
Nunca sabemos, nem nunca saberemos.
Se um dia alguém souber, espero que não faça nada.
Bebês são tão pequenos, mas nos ensinam tanta coisa..

domingo, 7 de março de 2010

Ao contrário.

Sabe quando a gente sonha algo e quando acorda fica triste porque foi só um sonho?
Então..
Comigo é ao contrário, eu fico triste porque aconteceu mesmo, gostaria que fosse apenas um sonho.

sábado, 6 de março de 2010

Rapidinho.

Acabei de ver que não postei nada em fevereiro.
NADA DE NADA.
Passei um mês sem saber como transformar pensamentos em palavras.
Passei um mês estourando de raiva ou felicidade e não sabendo como escrever sobre isso.
Esse um mês de nó na garganta nunca mais vai se repetir.
NUNCA mais.

Cabeças de sonhadores (fracassados).

Bolhas de sabão não são apenas coisinhas vazias que estouram em um minuto, ou menos.
Bolhas de sabão estão cheias de sonhos, amores, rancores e dores.
São cabeças de sonhadores, que nos dias de hoje, são vistos como fracassados.
Quem está aí com sonhos agora?

Quando sonhar era mais importante do que ganhar, as bolhas de sabão talvez durassem mais.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Bolinhas de açúcar (ou de sal).

Um crepúsculo choroso incendiava meus olhos no fim daquela tarde.
O fogo do sol se pondo parecia o mesmo que tinha dissolvido minhas bolinhas açucaradas.
Ao invés de nascerem outras bolinhas de açúcar, nasceram de sal.
Não sabia de quem era a culpa, se era minha, ou do crepúsculo.
Depois que apareci com cinco perfeitas bolinhas de sal que, por acidente, nasceram, ninguém mais quis saber de mim, nem das bolinhas.
Chorei em mais de mil e um crepúsculos, com a esperança de que minhas bolinhas de açúcar voltassem a nascer..
Mas só vinha sal.
Passei então a conviver apenas com minhas cincos pequenas bolinhas salgadas, sem mais ninguém.

As pessoas gostam de açúcar.
Mas eu só tenho sal.
As pessoas não gostam de mim.

As pessoas tem açúcar.
Agora elas tem sal.
As pessoas não gostam delas.

O crepúsculo incendiante e fogoso ressucitou minhas pequenas açucaradas.
As pessoas gostam de mim.

Admito, sinto falta de quando tinha apenas minhas 5 pequeninas de sal.